segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A ÚLTIMA TERTÚLIA


SÃO AS PALAVRAS FINAIS ENTRELAÇADAS POR UM EMARANHADO DE VOZES
É O ÚLTIMO OLHAR DEFRONTE DE UM HORIZONTE DE VIDAS A VAGAR SEM LUGAR
MINHA VOZ NÃO CLAMARÁ POR NINGUÉM
MEUS OUVIDOS CALÁRAM AS QUE OUTRORA SUSSURRARAM SEGREDOS
MEU CORPO CARCOMIDO CLAMA POR VORAZES SENTIMENTOS
MEU VOO É DECLARADO
MAS, MINHAS ASAS NÃO SABEM PRA ONDE VÃO ME LEVAR
O SILÊNCIO TRANQUILIZA MEUS OUVIDOS
MAS, TRANSPASSA MINHA ALMA
ESCUTO MEUS DEVANEIOS E ISSO ME DÓI O PEITO
QUERO GRITAR, CONTUDO NÃO HÁ PRA QUEM
E O PORQUÊ JÁ ESQUECI
VOLTO A ATENTAR 
PARA O ÚLTIMO ABAIXAR DE MINHAS PUPILAS SOBRE MEUS VERSOS
O SILÊNCIO É INERENTE
SÓ OUÇO UM SOM
SÃO AS DERRADEIRAS BATIDAS DE MEU MOTOR
MEU SANGUE GELA 
MINHA PELE ENRIJECE
MEU OLHAR ESTA FICANDO APRISIONADO 
POR UM CREPÚSCULO QUE SERA O FINITO DO MEU ESPIRITO
AQUI FICA MINHA ÚLTIMA...
PALAVRA DERRADEIRA.   

SÉRGIO LACERDA


      

Um comentário:

  1. o que o lagarto chama de fim do mundo
    a borboleta chama de recomeço
    um ato não tem fim
    é uma passagem para o próximo.

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